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Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro; outros 28 estão mortos

Israel comemora a libertação de reféns pelo Hamas Neste 13 de outubro histórico, o Oriente Médio irradiou ao mundo inteiro um sentimento muito raro de espe...

Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro; outros 28 estão mortos
Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro; outros 28 estão mortos (Foto: Reprodução)

Israel comemora a libertação de reféns pelo Hamas Neste 13 de outubro histórico, o Oriente Médio irradiou ao mundo inteiro um sentimento muito raro de esperança. No conflito que tem produzido cenas aterradoras de famílias em lágrimas, de prédios em ruínas, as imagens de reféns israelenses recuperando a liberdade - e de esperança em Gaza - autorizaram milhões de pessoas a imaginar um futuro de paz naquela região. As dificuldades para isso persistem e não são pequenas. Mas os fatos desta segunda-feira (13) merecem ser vistos como um marco fundamental. E é isso que o Jornal Nacional apresentou com a reportagem dos enviados especiais a Israel Murilo Salviano e Ross Salinas. A Praça dos Reféns, em Tel Aviv, amanheceu lotada. Eram os últimos minutos de uma angústia de mais de dois anos. Até que às 8h pelo horário local, 2h em Brasília, chegou a notícia que o mundo esperava. Tinha começado a libertação dos últimos 20 reféns que sobreviveram a um martírio de 738 dias de cativeiro na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas libertou primeiro sete reféns. Dessa vez, diferentemente das vezes anteriores em que devolveu reféns, sem cerimônias públicas e humilhações. Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha, que os conduziu até as Forças de Israel. A agonia dava lugar ao alívio. Na praça, nas ruas e, principalmente, entre as famílias dos reféns. A mãe do Matan parecia não acreditar quando a TV mostrou o filho sendo libertado. A esposa do Omri pulou quando viu o marido nas imagens. Nesse momento, os parentes de outros sequestrados, que ainda estavam em poder do Hamas, receberam chamadas de vídeo. O alívio definitivo viria pouco depois das 11h, pelo horário local, 5h Brasília. Os 13 últimos reféns vivos foram libertados em outro ponto da Faixa de Gaza. Começava outra contagem regressiva: agora para o reencontro com as famílias. Muitos israelenses carregavam camisas e cartazes agradecendo ao presidente americano, Donald Trump, pelo envolvimento direto no acordo de cessar-fogo. Em Jerusalém, a equipe do Jornal Nacional encontrou o Max, que passou os últimos dois anos em campanha pelo fim da guerra. Ele disse que as vozes dos manifestantes deram ao presidente Trump a confiança necessária para convencer o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a aceitar o acordo, trazer os reféns de volta e encerrar a guerra. Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro Jornal Nacional/ Reprodução Seria esse o fim de uma guerra? É o que muitos israelenses se perguntam. Em meio às festas nas ruas de Israel, um pouco de oração. Um grupo foi para frente da residência oficial do primeiro-ministro. Faz dois anos que eles pressionam nesse mesmo local pela libertação de todos os reféns. Os 20 reféns libertados nesta segunda-feira (13) foram levados a três hospitais de Israel. Os médicos não deram detalhes sobre o estado de saúde dos reféns, mas disseram que eles vão receber o apoio de uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas. O porta-voz das Forças de Israel declarou que este é um momento decisivo, que pertence ao povo de Israel e a todos aqueles que acreditam na humanidade. E acrescentou: "Das profundezas da nossa dor, mostramos ao mundo que Israel não esquece seu povo. Nenhum homem ou mulher foi deixado para trás". O grupo terrorista Hamas também devolveu quatro caixões de reféns mortos. Os corpos ainda vão passar por perícia para que a identidade seja conhecida. Os terroristas ainda precisam devolver 24 corpos, mas o grupo sinalizou, durante as negociações, que nem todos foram localizados. Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro Jornal Nacional/ Reprodução O governo de Israel cumpriu o que previa o acordo e soltou 250 prisioneiros palestinos, alguns condenados à prisão perpétua por ligações com o terrorismo e por ações que levaram à morte de israelenses, e outros 1,7 mil que tinham sido detidos durante a guerra em Gaza. Uma multidão esperava os ônibus com os prisioneiros em Khan Younis. Em Ramallah, na Cisjordânia, milhares de pessoas também receberam os palestinos libertados. O Samer relatou que a sensação era indescritível: "Foi uma grande surpresa. Nós não conseguíamos acreditar até o último segundo”. Em um dia carregado de emoção, Israel viu reencontros difíceis de descrever com palavras. A mãe do Guy repetiu sem parar o nome do filho e deu aquele abraço guardado há dois anos. O pai do Yosef disse, em meio ao choro: "Acabou. Dois anos, dois anos”. Terroristas do Hamas devolvem a famílias de Israel os 20 reféns que sobreviveram a mais de 700 dias de cativeiro Jornal Nacional/ Reprodução Quem também não conseguiu segurar as lágrimas foi o pai do Eitan. A mulher do Omri - que vimos no começo da reportagem - levou as filhas ao hospital para brincar com o pai. A Noah e o Avinatan protagonizaram uma das imagens mais dramáticas do atentado terrorista de 7 de outubro de 2023. Ela foi resgatada em uma operação militar em junho de 2024. Nesta segunda-feira (13), foi a vez dele deixar o pesadelo para trás e finalmente abraçar de novo a namorada. A Einav foi uma das figuras mais presentes na campanha pela libertação dos reféns. Nesta segunda-feira (13), ao reencontrar o Matan, ela resumiu o que uma mãe sente ao ver o filho depois de dois anos de angústia, medo e incerteza: "Minha vida, você é minha vida, minha vida, minha vida, meu amor. Você é meu herói, minha alma”. 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